terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Escorregão número 2
Depois veio a segunda regrinha: não compraríamos nada NADA para o bebê antes de tê-lo minúsculo lá na barriguinha da Cah. Eis que hoje vou buscar a madame no trabalho e olha o que veio junto:
É....... Escorregão número dois da dupla, mas ao mesmo tempo dois corações cheios de macaquinhos sorridentes. Pois é, o (a) Enzo/Luiza ainda nem tem doador definido, mas já tem presente de Natal.
Eu sempre achei fofo bichinhos de pelúcia (eu e a torcida do flamengo), mas o primeiro bichinho de pelúcia do nosso bebê que ainda nem existe... Ahhh esse mereceu amassos e apertões até quase perder a forma.
E atire a primeira pedra quem nunca escorregou.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Não é apenas dezembro. É Natal!!!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Tudo o que somos é apenas o que somos
Acredito que todos os lados cometem erros nesse sentido e, para piorar, parece que o mundo insiste em se separar, criar guetos estereotipados. Ao invés de conquistar os direitos de igualdade, acabam estimulando ainda mais o preconceito alegando que de fato somos tão diferentes a ponto de não querermos frequentar os mesmos lugares, ter os mesmos amigos. O hiato que se cria entre os grupos é só mais um nessa sociedade com mania de segmentação e ninguém - absolutamente ninguém - sai ganhando.
Por que um bar precisa ser diferenciado pela sexualidade dos frequentadores? Por que os filmes perdem as categorias de romance, ação, aventura, épicos quando trazem casais gays na trama? Por que nas novelas o personagem gay é sempre O Personagem Gay?
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Um bebê e pulmões limpos
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Dois buquês
Eu não queria convidar toda a minha família pq, além de ser muito numerosa, ainda não era muito bem aceita por todos. Em um mundo ideal, teríamos uma festa enorme com 500 convidados, mas nos concentramos em 50 pessoas rs
Do lado da Cah tudo foi mais fácil: família querendo comparecer em peso, amigos todos envolvidos. Resultado: dos 50 convidados, apenas 3 pessoas da minha família (mãe levemente contrariada, irmã e cunhado vibrantes). Capítulo à parte: meu pai recusou o convite e ficou em casa sozinho. No dia do casamento ele me ligou aos prantos arrependido. Sorry, tarde demais né?
A verdade é que nada atrapalhou nosso dia. A gente casou de branco e fez questão de um buquê cada uma. A gente fez a seleção das músicas especialmente para o dia. A gente fez o convite. A gente escolheu como seria a entrada, a cerimônia, onde ficariam os convidados, o que seria servido... Escolhemos um palestrante espírita para fazer o discurso e eu chorei desde a primeira palavrinha.
Nós usamos salto alto e as mesas tinham flores. Nós trocamos alianças jurando amor eterno e tivemos padrinho assinando o documento de união estável. Nossas mães choraram até se esgotar e nos arrependemos de não ter contratado fotógrafo.
Nós ganhamos a lua de mel em um hotel charmoso e mesmo um tanto alcoolizadas e mortas de cansaço aproveitamos muitoooooooooo cada segundo.
Nos sentimos donas da festa e verdadeiramente casadas. Nossas bochechas doíam no dia seguinte de tanto que sorrimos. Nós ficamos repetindo a palavra ESPOSA até cansar. Nós nos vimos diferente, o respeito e a admiração se multiplicaram do dia para a noite. Nós fizemos planos para o futuro. Nós jogamos os buquês e ganhamos mil abraços.
Nós nos casamos.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A vida e a arte se imitam na maior cara de pau
Coinscidências mil por uma hora e meia de filme. Desde o desejo inicial de ter um doador conhecido até o nome do fofucho - Enzo - é o mesmo que escolhemos se for menino. Além de engraçadinha, boba e simples, a trama também levanta uma questão importante: ao optarem por um pai presente, a personagem Marion se sente deixada de lado, sem papel definido nessa relação. Afinal, ela vê seu filho com pai e mãe biológicos.... onde ela fica nessa história?
Vejam o trailer:
A solução do trio foi bem francesa, utópica. Por aqui a coisa não funcionaria tão bem, creio eu. De toda forma, é válido o questionamento da representação das mães e de todo esse contexto familiar que envolve a chegada de um bebê por vias lésbicas rs.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Cada dia mais mães
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Quando o coração grita
domingo, 28 de novembro de 2010
A tão esperada consulta
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Clima contraditório
Meu amor hoje vai no médico para saber se a casa está pronta para receber o nosso baby. Embora a probabilidade de algo sair errado seja de 1 em 1 milhão, sempre dá aquele medinho né?
Ficarei aqui enquanto isso, contando as horas sem pensar em mais nada.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Contra o tempo
Descobrimos, porém, o quanto é triste resumir a vida em trabalhar-dormir (salvo variações: trabalhar mal-dormir pouco e vice-versa).
Eu sempre gostei de entrar no Google Earth e procurar aquelas ilhas perdidas no meio do nada, com 50 habitantes, 100 no máximo. Gosto de ver aquelas casas, entender como funciona o lugar, tentar imaginar como as pessoas se relacionam por lá. Vejo casinhas sem ordem, terrenos assimétricos, e ruas... para que ruas? Apenas algumas passagens batidas mostrando que ainda há jeito de ser feliz com simplicidade.
É interessante como a vida vai nos cobrando esse sossego. Tempos atrás agitávamos na Paulista sem ter hora para terminar. Hoje gramado e cerca branca são os líderes na nossa lista de desejos. Trocamos o fervo pelo silêncio, a quantidade pela qualidade, risadas frenéticas por sorrisos compartilhados. Mas a vida é sacana: volta e meia me pego caindo na grande cilada do mundo corporativo. Agora mesmo já passa da meia-noite e esse foi o único momento do dia em que pude parar para escrever aqui.
Me preocupa muito e me faz pensar que ter tempo significa criar - inventar mesmo - esse tempo. Pois tudo o que não quero é ser mãe ausente, mãe de mesada e de bronca na entrega do boletim. Quero estar presente e não quero aceitar esse "não tenho tempo, não posso" imposto pela vida, pois se os 50 habitantes daquela ilha podem... Eu posso também.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Dez coisas que faremos antes de você chegar
sábado, 20 de novembro de 2010
Caipiras do asfalto
Eu sou gaúcha, ela é mineira. Demos a sorte de cruzar nossos caminhos lá pelas bandas cinzentas de São Paulo, onde moramos por cerca de 5 anos. Nos conhecemos, namoramos e casamos no modelo furacão. Em poucos meses nos apaixonamos e decidimos que deveríamos nos aguentar para o resto das nossas vidas (uma hora dessas conto esse capítulo). O fato é que decidimos mudar para uma cidade mais sossegada, já confabulando o propósito familiarístico de ter filhos e tal. Achamos que nosso bebê teria uma qualidade de vida melhor por essas bandas - o marketing curitibano nos convenceu.
Os planos eram: mudança, estabilidade financeira, empenho nas carreiras profissionais, carro, casa própria, viagens e, enfim, filhos (seriam dois, um biológico, um adotivo). Mas a vida fez o favor de nos dar algumas lições e a ordem do dia ficou: mudança, instabilidade financeira, carreira profissional no andar da carruagem, carro novo (perfeitamente destruído em um acidente), casa alugada, filho biológico, viagens em família, mais uma tentativa de estabilidade financeira, casa própria, filho adotivo. Será que funciona? Vamos tentar. Mas se for preciso mudar tudo novamente, estamos aí pra isso e a luta continua companheiro.
E a decisão veio do seguinte raciocínio: é certo colocar nossos sonhos materiais à frente de uma vida? Nosso filho virá antes sim, e com ele construiremos com mais força, mais ânimo e mais alegria. Não queremos ser o tipo de casal guiado pelas contas bancárias, foge totalmente aos nossos princípios e, mais ainda, foge ao que pretendemos ensinar aos nossos filhos: viver a vida com base no amor e na família.