domingo, 28 de novembro de 2010

A tão esperada consulta


Pois é gente finalmante vou escrever um pouquinho.
Na sexta-feira (26/11) fui a nossa primeira consulta. A Vivian teve que viajar a trabalho e não pode me acompanhar, mas ligou no meio da consulta para saber detalhes.
Já para começar adorei o médico. Calmo, tranquilo, me explicou todos os passos, me ajudou a escolher o melhor procedimento dentro do que buscamos. Foi um fofo.
Me solicitou mil exames e me receitou ácido fólico apartir do mês que vem. E como todas as mamães já sabem é muito importante principalmente nos 3 primeiros meses.
Me auxiliou sobre como será a escolha do doador e claro fez a pergunta básica que sempre ouvimos quando falamos que pretendemos ter um filho, "mas como foi a escolha de quem vai engravidar?". Fácil, a Vivian tem medo de agulha, de sangue e é super sensível a dor. Ela sempre quis ter filhos, mas nunca desejou engravidar. Já comigo é o contrário, sempre quis engravidar, empinar a barriga logo quando descobrir que estou grávida, ver nosso bebê crescendo dentro de mim, amamentar. Achou tudo isso lindo demais.
Bom meninas, tudo lindo e maravilhoso. Energia super positiva.
Próxima consulta em janeiro e se der tudo certo em março/abril encomendamos nosso filhote para a Dona Cegonha.
Bjus a todas as amigas virtuais que são sempre carinhosas e presentes em nossa vida. E claro que em ano que vem as que já estiverem com seus filhotes terão que nos dar muitas dicas, as que estarão como nós ainda alimentando a sementinha vamos trocar figurinhas e para as que ainda estão na fase de planejar nos acompanhe para vivenciar conosco esse momento tão lindo!
Bjus de novo, Camila

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Clima contraditório

Hoje o dia está quente por aqui, mas se ele tivesse o mínimo de decência nessa cara trataria logo de ficar frio, igual ao que estou sentindo na minha barriga...

Meu amor hoje vai no médico para saber se a casa está pronta para receber o nosso baby. Embora a probabilidade de algo sair errado seja de 1 em 1 milhão, sempre dá aquele medinho né?

Ficarei aqui enquanto isso, contando as horas sem pensar em mais nada.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Contra o tempo

Travamos uma batalha contra o tempo para solucionar uma série de problemas nos quais tropeçamos pelo caminho. Descobrimos que saúde vem em primeiro lugar, não importa o quão essa frase seja batida. Descobrimos que o importante é estarmos vivas, não importa o quão conformista seja essa expressão.

Descobrimos, porém, o quanto é triste resumir a vida em trabalhar-dormir (salvo variações: trabalhar mal-dormir pouco e vice-versa).


Eu sempre gostei de entrar no Google Earth e procurar aquelas ilhas perdidas no meio do nada, com 50 habitantes, 100 no máximo. Gosto de ver aquelas casas, entender como funciona o lugar, tentar imaginar como as pessoas se relacionam por lá. Vejo casinhas sem ordem, terrenos assimétricos, e ruas... para que ruas? Apenas algumas passagens batidas mostrando que ainda há jeito de ser feliz com simplicidade.

É interessante como a vida vai nos cobrando esse sossego. Tempos atrás agitávamos na Paulista sem ter hora para terminar. Hoje gramado e cerca branca são os líderes na nossa lista de desejos. Trocamos o fervo pelo silêncio, a quantidade pela qualidade, risadas frenéticas por sorrisos compartilhados. Mas a vida é sacana: volta e meia me pego caindo na grande cilada do mundo corporativo. Agora mesmo já passa da meia-noite e esse foi o único momento do dia em que pude parar para escrever aqui.

Me preocupa muito e me faz pensar que ter tempo significa criar - inventar mesmo - esse tempo. Pois tudo o que não quero é ser mãe ausente, mãe de mesada e de bronca na entrega do boletim. Quero estar presente e não quero aceitar esse "não tenho tempo, não posso" imposto pela vida, pois se os 50 habitantes daquela ilha podem... Eu posso também.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dez coisas que faremos antes de você chegar

Faltava uma semana para pintarmos a parede da sala de TV de vermelho quando olhamos uma para a outra e concluímos: não vamos pintar, esse é o quartinho do bebê.

Simples decisão cotidiana, para a gente foi um passo gigantesco. Enfim, realizamos a ideia, não é mais algo que "pode quem sabe acontecer um dia e aí a gente vê". E aí percebemos que estamos no final do ano, janeiro está aí e em breve nosso pote de ouro pode estar na barriga da Camila. É quando deixaremos de ser filhas para nos tornarmos mães. E isso bem que merece uma festa de despedida né? Fizemos então uma lista das coisas que queremos fazer antes de ter filhos:
1 - Se empanturrar de hamburguer e chocolate por três dias seguidos
2 - Ir a um show lotado e barulhento, pular até dizer chega e passar o resto da noite comentando com os amigos como foi
3 - Beber até cair numa sexta à noite qualquer
4 - Sair para dançar salsa a noite inteira
5 - Comprar sapatos caros (pelo menos um cada uma vai...)
6 - Fazer uma viagem bem longa e cansativa pra dar oi para a mãe e voltar no dia seguinte
7 - Testar uns brinquedos novos (ítem censurado pela Globo rs)
8 - Participar de uma maratona de cinema
9 - Passar uma noite acampadas na praia pra ver o sol nascer, depois voltar a tempo de não se atrasar para o trabalho
10 - Dar festas de arromba em casa até tarde

Claro que alguns ítens serão repetidos na companhia do(a) filho(a). Não vamos morrer ao engravidar rss A questão é que essas serão nossas últimas comemorações individuais, sem pensar em anexos, em horários e responsabilidades maternais. Depois vai ter outro gostinho, e aí comemoraremos tudo de novo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Caipiras do asfalto

Achei por bem que deveríamos explicar quem são as novas loucas que resolveram colocar um mais um bebê nesse mundinho-deuzulivre. Eu sou a Vivian, a tagarela da dupla. Ela, a Camila, também tagarela mas disfarçada de normal. Mais adiante vou pedir (mandar) ela postar aqui pra se apresentar como manda o figurino.

Eu sou gaúcha, ela é mineira. Demos a sorte de cruzar nossos caminhos lá pelas bandas cinzentas de São Paulo, onde moramos por cerca de 5 anos. Nos conhecemos, namoramos e casamos no modelo furacão. Em poucos meses nos apaixonamos e decidimos que deveríamos nos aguentar para o resto das nossas vidas (uma hora dessas conto esse capítulo). O fato é que decidimos mudar para uma cidade mais sossegada, já confabulando o propósito familiarístico de ter filhos e tal. Achamos que nosso bebê teria uma qualidade de vida melhor por essas bandas - o marketing curitibano nos convenceu.

Os planos eram: mudança, estabilidade financeira, empenho nas carreiras profissionais, carro, casa própria, viagens e, enfim, filhos (seriam dois, um biológico, um adotivo). Mas a vida fez o favor de nos dar algumas lições e a ordem do dia ficou: mudança, instabilidade financeira, carreira profissional no andar da carruagem, carro novo (perfeitamente destruído em um acidente), casa alugada, filho biológico, viagens em família, mais uma tentativa de estabilidade financeira, casa própria, filho adotivo. Será que funciona? Vamos tentar. Mas se for preciso mudar tudo novamente, estamos aí pra isso e a luta continua companheiro.

E a decisão veio do seguinte raciocínio: é certo colocar nossos sonhos materiais à frente de uma vida? Nosso filho virá antes sim, e com ele construiremos com mais força, mais ânimo e mais alegria. Não queremos ser o tipo de casal guiado pelas contas bancárias, foge totalmente aos nossos princípios e, mais ainda, foge ao que pretendemos ensinar aos nossos filhos: viver a vida com base no amor e na família.

HO HO HO Chegamos!

Não faltava coragem para contar nossa história, faltava era tempo mesmo para criar esse blog. Assim, enquanto minha excelentíssima perambula pela cidade enchendo a sacola de enfeites natalinos, cá estou eu interrompendo meu trabalho para FINALMENTE me unir a vocês.

Aproveitando o gancho, devo comentar que a primeira mudança que a ideia da maternidade me trouxe foi a de aceitar o clima natalino. Até pouco tempo atrás, eu era dessas pessoas que ficam rabugentas no fim do ano, detestava toda e qualquer manifestação vermelha e branca com barbas. Desde que casamos, eu sempre insisti que não queria guirlandas, árvores, bolas, presépios e toda essa corja dentro de casa. Tadinha da Camila, que sempre adorou escutar os sininhos do Papai Noel.
Eis que decidimos aumentar a família e esse bebê que ainda é só um projeto já ganhou árvore de Natal. Assim, voltamos ao início da história: a mãe dos meus filhos está lá saltitando pelas lojinhas da vida comprando nossos primeiros acessórios coloridos.
Bem, tudo isso para dar AQUELE oi e convidar vocês para acompanharem nossa trajetória e compartilharem histórias conosco. Logo mais vou contar quem somos nós afinal rs