quarta-feira, 13 de junho de 2012

A saga da adoção - Parte I

Tem muita coisa acontecendo deste lado de cá do arco-íris. E nem sempre consigo organizar as ideias para contar para vocês, sem falar que às vezes bate uma insegurança absurda do tipo que dá medo até de comentar pra não dar errado. E assim o tempo vai passando e eu deixo o NPAI às moscas. Por isso agora resolvi contar todos esses últimos acontecimentos bombásticos em partes! Vamos fazer disso uma novelinha mexicana daquelas.

Ainda no ano passado entrei na comunidade (é, do Orkut mesmo, ele ainda existe acreditem se puderem) do GVAA - Grupo Virtual de Apoio à Adoção. São voluntários e Assistentes Sociais que se propuseram a fazer algo para a fila andar. Com a devida autorização das Varas de Infância de suas comarcas, eles divulgam crianças que estão aptas à adoção, principalmente as de perfil mais difícil - ou seja, dessas que ninguém quer. Assim, se você tem um perfil um pouco mais amplo, o GVAA pode ser uma ótima oportunidade de encontrar seu filho pela famosa Busca Ativa.

Nosso perfil não é lá tão diferente da humanidade, salvo por aceitarmos crianças HIV+. Assim, logo que cadastrei nosso perfil de habilitadas na comunidade recebi um e-mail falando sobre uma bebezinha soropositiva que talvez estivesse para adoção no RJ.

Meu coração foi à boca, ela tinha que ser minha! Não sabia nada sobre ela, e a pessoa que me indicou reclamava que eu tinha que estar inscrita no CNA - mas que ainda não estava. Como não estava? Se já estava habilitada e tudo?? Pois é, não estava. O processo demora muito mais do que imaginávamos. Eu entrava no site do Projudi e lá estava nosso processo suspenso aguardando isso, suspenso aguardando aquilo, ativo mas encaminhado para sei lá qual setor... Aflitas ao cubo, começamos a importunar a querida AS da nossa comarca, explicando toda a ladainha. Alguns dias depois, entendendo nossa angústia ela conseguiu autorização da juíza para fazer o cadastro no CNA.

Tão logo isso foi feito, avisei a pessoa que me indicou a bebê certa de que era só isso que faltava. Bééé resposta errada!! Na definição do laudo da menina, encontraram a maldita mãe. Depois aparece o pai. E assim foi ladeira abaixo nossa primeira idealização de filho...

FIM da primeira parte.