Uma pequena divergência aqui, outra discussão ali, uma briga feia por mês e lá estamos nós em clima de tensão mais uma vez. Início de ano, gastos excessivos de dezembro, impostos fresquinhos, clientes em férias... tudo isso em uma casa onde reinam duas TPM's por ciclo não há o que duvidar: o estresse domina as paredes do recinto.
Mas quem tem dinheiro hoje em dia? Quem tem a vida ganha no início do ano? Quem tem tudo sempre em ordem, quem está com as unhas feitas todos os dias? E a pergunta que não quer calar: quem está preparada para as crises - sejam elas emocionais, materiais, financeiras ou psicológicas?
O fato é que só deixamos de ser filhas quando nos tornamos mães, como já dizia a Banda Ira. E até lá, agimos feito adolescentes, ora crianças birrentas, ora rebeldes, ora carentes... Tudo para expressar que não sabemos jamais como se lida com a vida. E qual o tamanho do medo que bate quando descobrimos que nossos pais também não sabiam e, no entanto, para nós eles eram como deuses da verdade.
Doce ilusão imaginar que com a chegada do filho não haverá mais problemas, nem crises financeiras, nem brigas de casal. A questão é que não existe nada mais repugnante na vida em família do que ver uma criança crescendo ao som e imagem constante das brigas dos pais. Então, a decisão é só nossa. Nós, mães, é que temos o previlégio de planejar um filho, nós é que temos o dom da maternidade correndo nas veias, nós é que amamos uma geladeira de esperma porque ela é um símbolo da nossa conquista.
Então nós, mães, é que encontraremos um novo jeito de ser para podermos ser uma família para você, meu bebê.