quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Arriscar ou não arriscar?

Enquanto tento administrar meu tempo entre empresa, emprego, sono, esposa, amigos, militância, animais... A vida corre e eu me pego tentando resolver essa história da papelada da adoção em doses homeopáticas.

Primeiramente, vamos esclarecer. A reunião passada não foi aquela correspondente ao tal curso para adotantes, foi apenas um procedimento comum aqui do Fórum da minha cidade. Depois daquele dia, levei semanas para juntar a documentação, apesar de não ser nada assim do outro mundo. Apenas depois de entregar tudo e esperar formarem uma turma de adotantes é que começa o tal curso com a duração de três encontros.

Ao solicitar as certidões negativas no Fórum, a moça pediu se podia fazer a minha e a da Cah juntas. Eu fiquei animada com a naturalidade do pedido e autorizei: recebi um único documento comprovando que tanto eu quanto a minha esposa não temos antecedentes criminais. Mas na hora de pedir o atestado de capacidade física e mental ao meu chefe (que é psicanalista), a dúvida pintou: segundo ele, cerca de 3 anos atrás um casal de amigas adotou uma criança, porém o pedido foi feito apenas no nome de uma delas, mesmo as duas vivendo na mesma casa. Ele pediu se eu queria fazer a declaração do casal ou apenas de uma de nós duas...

E agora? Arriscamos algo duvidoso ou vamos pelo óbvio?

O que pesou mais nessa questão foi o fato de que vamos tentar o casamento civil no ano que vem, logo, não poderia solicitar a adoção como solteira. E mesmo que não seja, me parece tão hipócrita fazer a solicitação como solteira, sendo que as visitas ocorrerão, as fotos mostram nós duas juntas e todas as pessoas que nos conhecem sabem que mantemos uma relação estável há anos. Não seria ridículo entrar com processo de adoção como solteira?? Qual a diferença para o juiz, uma vez que a criança vai conviver com duas mães de qualquer jeito?

São muitas dúvidas.... Por um lado, o judiciário alega que não são mais feitas restrições nos processos de adoção por casais homossexuais. Por outro, sabemos que a habilitação é concedida de forma bastante pessoal: dependemos da vontade da assistente social e do juiz. Assim corremos o risco, durante o percurso, de nosso processo esbarrar em um ou outro homofóbico (ou naquelas pessoas que trazem o velho discurso: "não tenho nada contra os gays...mas sei lá, colocar uma criança NESSE MEIO parece errado").

Temos consciência de que nossa vida é uma batalha constante. Apenas gostaria de ter as mesmas chances de ganhar um "habilitado" do que qualquer tentante.

Por fim, optei por apresentar um atestado do casal. Vamos agir como sempre agimos: juntas. Infelizmente só vamos saber como seremos recebidas no momento em que a assistente social ligar. Até lá...como sobreviver? rs

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Primeira reunião: check

Hoje fui à reunião para inscrição no processo de adoção. Não vou negar que tremi de nervosa só de saber que o primeiro passo seria dado.
A reunião foi informal, cerca de 10 pessoas compareceram. Sentados em círculo numa salinha do Fórum, a Assistente Social entregou uma lista contendo a documentação necessária para a abertura do processo e foi explicando cada item. Basicamente, as exigências são as mesmas em todo lugar. O que nos solicitaram foi:

- Certidão negativa de antecedentes criminais
- Comprovante de renda familiar
- Declaração de saúde mental e física feita por um médico (não precisa ser psicólogo)
- Declaração de idoneidade moral de duas pessoas (não familiares)
- Fotos atuais do casal pretendente e da casa

Tudo isso é muito razoável, na minha opinião. E olha que detesto juntar papelada. Trata-se de uma relação mínima de documentos que apenas dizem que você: tem amigos, tem família, mora em uma casa normal, não é louco, tem condições financeiras para criar uma criança, não é um criminoso. Simples.

Esclarecido cada ponto da documentação, ela passou a falar sobre a tão temida "fila de adoção", sobre o cadastro nacional, a demora nos processos, etc. Em resumo, ela deixou uma coisa bem clara: o que mais conta pontos para os adotantes é a motivação. Ou seja, o que levou o casal a optar pela adoção e como a adoção é vista por eles. Todos os argumentos foram bastante razoáveis, alguns um pouco desanimadores (a demora nos processo de destituição familiar, as mil e uma tentativas de reintegração da criança à família biológica, etc).

Mas essa fila é um pouco ilusória. Primeiro por que uma das razões de ela não andar está nas exigências dos casais (a preferência por meninas recém-nascidas brancas continua), segundo pq não é uma fila linear, as crianças aptas para adoção são encaminhadas para as famílias que o juiz declarar mais adequadas naquele caso específico. Resumindo, cada caso é um caso.

Bom, tenho mil e uma impressões e comentários para fazer acerca dessa reunião, então vou separar isso tudo em posts para não escrever uma bíblia hoje. Só para finalizar, teremos que realizar um cursinho breve, são 3 encontros que servirão mais para trocar experiências e entender melhor como será essa jornada incerta.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Reunião marcada

Apesar de ter trabalhado até muito tarde ontem, e de consequentemente ter perdido feio a hora hoje, despertando com aquela sensação de que o dia ia ser mais uma loucura, parei tudo e liguei para a Vara da Infância.

A reunião para inscrição no processo de adoção acontecerá no dia 26 de outubro, quarta-feira que vem. O horário torto (14h30) impede que a Camila esteja lá comigo, infelizmente. De qualquer forma, parece que essa reunião é só uma pontinha do iceberg, já que não precisa levar documentação nenhuma ainda.

Bem, semana que vem trago novidades.

domingo, 16 de outubro de 2011

Urubus da vida moderna

Como a adoção sempre foi um tema presente em nossas vidas, frequentemente lemos e conversamos sobre o assunto. Um blog que acompanhei desde o princípio foi o www.epinion.com.br/adocao, que depois virou o livro "A Aventura da Adoção".

Hoje volto a ler os poucos posts com outros olhos, já me imaginando no lugar deles, que compartilharam todas as experiências, angústias e ansiedades antes de ter o filho tão sonhado no colo. Uma delas já estamos vivenciando, antes mesmo de iniciar o processo: são os amigos e conhecidos urubuzentos. Com certeza vocês já devem conhecer alguém assim. Urubuzentas são aquelas pessoas que, por maldade, ignorância, preconceito ou falta de noção mesmo, opinam sobre a sua vida de forma negativa, prevendo desgraças e problemas que você poderá enfrentar tomando esta ou aquela decisão. É um tal de "dar força contra" que, me desculpem os mais evoluídos espiritualmente, a mim irrita horrores!

Eis que comentávamos felizes sobre nossos planos de adoção em um grupo de amigos, quando escutamos coisas do tipo: "ih mas vocês vão ter muito problema com isso", "aguardem, quando ele chegar na adolescência vai ser só estresse", "conheço casos de pessoas muito boas que se ferraram pq adotaram", etc.

Não preciso reforçar aqui que isso, além de ser extremamente deselegante, é de muito mal gosto. Me ponho a pensar em quanto essa justificativa de "isso vai ser um problema" afasta as pessoas de experiências ricas e gratificantes. Será que essas pessoas imaginam que vida significa o quê? Um mar sem ondas, um campo sem vento? Querem se enviar numa bolha e evitar tudo o que possa desviá-los de uma vida perfeitamente controlável?

Isso sem falar na dificuldade de se comprometer. Andei ouvindo muita história de pessoas que adotam e, depois de meses ou anos devolvem a criança. Como assim devolvem? Se o filho sai da barriga, você não tem a quem devolver, mas se ele vem de um abrigo, basta complicar sua vida e você desiste dele? É como um produto no mercado, como comprar uma geladeira: você compra, acha linda e funciona super bem. Mas quando começa a apresentar defeito, corre pra devolver antes de acabar a garantia... Se acaba a garantia faz o que? Joga no lixo? Imagino que essas são as mesmas pessoas que largam o emprego quando levam um puxão de orelha do chefe, que largam a esposa ou o marido quando conhece as manias chatas, que rompem uma amizade porque não concordam com um ponto de vista do outro, que abandona o cachorro porque ele fez xixi no tapete.

Adoção é uma surpresa, uma expectativa. Assim como a gestação. Ter um filho que nasceu do coração ou da barriga só difere nas características básicas. Você pode dar a luz a um filho que se tornará um adolescente problemático, com ódio do mundo, ou então pode ter cárie, alergia, precisar de óculos, de aparelho nos dentes, ele pode ter dislexia, pode ter uma deficiência de cálcio, nascer surdo, pode perder uma mão, quebrar o pé, pode nascer com síndrome de down, pode ter paralisia infantil, caxumba, gripe, asma, sarampo, pode ser hiperativo, canhoto, tímido, esperto, pode ter dificuldade de aprender matemática, pode sofrer bullying, praticar bullying, pode colocar um sapo na sala do diretor da escola, pode fazer você perder trabalho por causa de uma dor de barriga.

Ele pode ser e fazer tanta coisa que você não imagina! Se você engravida ou entra na fila da adoção, naturalmente sabe que tudo isso é possível, mas a única coisa que você quer é viver a experiência de ter um filho, de ser mãe, de sentir esse amor incondicional e entender qual é a graça de ouvir a mesma música besta 20 mil vezes só para curtir o sorriso do seu bebê. Então já é hora de essa gente acordar desse sonho neurótico de vida cor-de-rosa e se propor uma vida normal. Isto é: com erros, falhas, imperfeições, contratempos, acidentes... Enfim, com "problemas".

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Futuros avós

Se tem algo que eu e a Cah temos de sobra nessa loucura toda é o apoio dos futuros avôs e avós. Tem coisa melhor? Se eu voltasse uns 10 anos no tempo jamais imaginaria que hoje estaria casada com uma mulher, assumidíssima, feliz, comprando nossa casa, planejando nossos filhos e, sobretudo, com a torcida dos meus pais e dos meus sogros.


Para contextualizar: minha mãe é católica, devota, quase se tornou freira, participa de grupos da igreja regularmente, demorou muito para aceitar minha sexualidade. No mês passado ela esteve aqui fazendo uma visitinha e entre uma conversa e outra, ocorre o seguinte diálogo:

Ela: As pessoas precisam começar a aceitar que o mundo mudou, que existem novas famílias!
Eu: Pois é mãe.
Ela: Lá no ECC (grupo de casais que se reúnem na igreja) a gente sempre ressalta a importância disso. Hoje em dia as coisas não são mais como antigamente, existem muitos pais separados, solteiros, casais gays... Desde quando que um casal homossexual não é capaz de educar uma criança?
Eu: ....é
Ela: Agora dizem que uma criança "vira" homossexual pq é criada por homossexuais... Onde já se viu? Ninguém VIRA alguma coisa, as pessoas são assim ou assado! E tem mais: uma criança precisa é de amor, de educação, de carinho. É isso que vai fazer ela ser feliz, crescer saudável.

Toda trabalhada na militância.

Mais tarde, ela e a Cah estavam falando sobre os nossos cães e gatos (que são muitos):
Ela: Bom, né... tá na hora de parar de adotar cachorro pra começar a adotar crianças!
Cah: O__O!!

Minha sogra querida também não perde a oportunidade de comentar sobre o quanto ela acha incrível ser avó e  "quando é que vocês vão me dar essa alegria?"

Ai ai como essa criança é esperada... =)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Uma nova caminhada

Hoje fui na Vara da Infância. Coisa mais estranha entrar na comarca da minha cidade, aquele edifício imenso com cheiro e cor de burocracia, dezenas de salas para todo o lado e eu entrando em cada uma - "oi! é aqui que consigo informações sobre adoção?" - eu sou do tipo que tá na cara que nunca entra em repartições públicas, nem sei pra que lado seguir e sempre acho que vou ser presa ou levar alguma multa (oi?).
Uma pena foi descobrir que eles fazem uma reunião mensal no final de cada mês. Ou seja, para se inscrever agora só na última quarta-feira de outubro. Em breve será lançado o edital e terei mais informações, mas até agora é isso: comparecer na última quarta. Para quem tá pensando em fazer o mesmo, cada cidade tem uma organização diferente, então o melhor é comparecer ao juizado com um documento! A orientação sexual, dizem, não deverá interferir no processo sob hipótese alguma, bem como a união homoafetiva. Mas isso nós veremos... Aguardem mais notícias.

A adoção não foi uma ideia que surgiu agora, por conta da IA que não deu certo. Na verdade esse sempre foi meu grande sonho, compartilhado com igual intensidade pela Cah. Eu falo que desejo adotar uma criança desde que me entendo por gente, desde antes de saber da minha sexualidade. É algo inexplicável, forte demais, como se eu tivesse essa missão a cumprir.

Apenas colocamos a adoção em segundo plano porque sabemos que é mais difícil adotar um bebê. Assim, se tivéssemos nosso baby biológico primeiro, não teríamos essa ansiedade em ter um neném no colo - além do que, teríamos mais experiência para poder adotar uma criança com X idade. Mas se tem algo que a vida anda nos ensinando é que devemos ter o coração sempre aberto a qualquer momento, não adianta determinar todos os passos. Portanto vamos entrar na fila da adoção, mas sem desistir de tentar uma nova IA.


O amanhã é quem irá nos revelar como será nossa família.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Novo Beta?!?!

Pois é. Tive que fazer um novo beta.
Mas não fizemos uma nova IA. Estou com uma alteração hormonal. E, de acordo com o médico, para fazer qualquer diagnóstico, ele precisava de alguns exames e entre eles o Beta.
Ok, nós sabemos que não estamos grávidas, mas um novo exame sempre mexe com nosso coração.
Fomos, fizemos e mandamos os resultados para o médico.
Claro que deu negativo, pois sabemos que ainda não foi desta vez, mas isso nos fez pensar em tudo o que aconteceu desde que decidimos, em novembro do ano passado, nos prepararmos para a IA.

Todos os sonhos e planos. Todas as mudanças por dentro e por fora em nossas vidas. E percebemos que este sonho nos impulsionou e melhorar em muitas coisas.
A Vi parou de fumar, virou vegetariana, acreditou e investiu mais na empresa e fez ela crescer.
Eu melhorei minha alimentação (admito que não consigo recusar um churrasquinho), tenho controlado o sal e o estresse no trabalho (minha pressão sobe fácil), e estou caminhando e fazendo algumas atividades para mandar o sedentarismo para longe.
Nós estamos comprando nossa tão sonhada casinha (e ela é lindinha demais), estamos tentando nos tornar mais sociáveis (se deixar a gente entra num casulo) e participando de um grupo que luta pelos direitos das lés.

Pois é meu bebezinho, só a ideia de ter você em nossas vidas já nos faz querer melhorar cada vez mais.

Quem sabe seu irmãozinho não vem antes???

Vamos mês que vem na vara da infância e juventude buscar informação sobra adoção. Eu e a Vi sempre sonhamos em adotar também.


Deus sabe o momento certo para tudo, então confio que tudo vai acontecer na hora certa.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Angel...

Uma coincidência cor-de-rosa me fez acreditar que já era hora de voltar a escrever por aqui. Esse tempo todo distante não teve uma razão tão drástica. Na realidade, como não tínhamos muito o que dizer, fomos deixando um pouco de lado, ocupando o tempo com o corre-corre de sempre... logo o blog ficou tão abandonado que deu a impressão de que o retorno teria que ser algo digno. E de fato é.

Hoje acordei animada, sonhei que tivemos uma linda menininha. Mas antes mesmo de comentar com a Cah, ela mesma lançou: "amor, hoje sonhei com o nosso bebê, e era uma menina!". Saímos de casa um tiquinho mais felizes, coisa que se esvaiu em alguns segundos, quando recebemos a notícia de que nossa grande amiga, a primeira, deixou esse mundo.

Eu até quis me agarrar às crenças, encontrar um consolo em algumas frases feitas. Ela era a prometida madrinha do nosso filho, sonhou conosco, pesquisou temas de quartos de bebê, acompanhou todos os passos e esperou ansiosa a nova tentativa. Cada texto escrito aqui foi acompanhado por aquele par de olhos doces e iluminados, cada notícia foi dividida, comemorada e consolada.

Angelita, nossa Angel, vai deixar saudade imensa. E como sabemos que tristeza era algo que não existia no seu vocabulário, tomamos esse último exemplo de vida com pelo menos uma certeza: a danada deu um jeito de conhecer o afilhadinho dela antes da gente. É... não é à toa que recebeu nome de anjo.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Difícil de engolir

Por mais que a gente se prepare emocionalmente, racionalmente, espiritualmente... sempre há uma expectativa imensa ao apostarmos todas as nossas fichas nessa história que pode começar com um encontro microscópico dentro do nosso corpo.

É por isso que nos carregamos de otimismo desde o início, não ignorando as estatísticas mas querendo muito desacreditá-las. Isso até chegar o veredito: o Beta Negativo.

Ele chegou hoje, atordoado no meu horário de trabalho, bloqueando meu raciocínio e noção de prazos. Mas chegou. O resultado tão aguardado veio sem graça, infeliz e chato com suas dosagens baixas dizendo "não meninas, vocês não estão grávidas". Ruim?? Muito. Desanimador?? E como! Mas somos adultas, então nada de bater a porta e se trancar no quarto. Vamos encarar e logo teremos esperança novamente.

Ah, se eu não escrever isso vou ter que aguentar uma sapa no msn depois: a menstruação da Cah está atrasada dois dias, coisa raríssima pois acompanhamos o ciclo dela desde o ano passado e NUNCA atrasou. Tem gente por aí ainda esperançosa, eu prefiro me manter mais sóbria por enquanto. Mas...realmente se a dita cuja não vier vamos fazer o teste de novo.

Meninas, obrigada por toda essa corrente positiva, logo logo volto aqui mais animada para falar sobre as próximas experiências da caça ao pote de ouro.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

"Não tem mais volta"

Foi isso que pensei enquanto aquela cânula fininha e super comprida era inserida na barriga da Cah.

Sim, fizemos a IA finalmente!!! Ainda meio bestas e sem entender direito a seriedade da coisa (rss), ficamos aqui beijando a barriga de 5 em 5 minutos para tentar, caso não esteja já bem óbvio, insistir sobre o quanto desejamos que as coisas estejam agitadas lá dentro.

Em breve entro aqui para contar os capítulos cômicos dessa novela que começou segunda-feira e só terminou ontem. Mas hoje quero estar no clima da Cah, sorrindo e tranquila, com a sensação de "bucho cheio" huahaua

Enfim...inicia a segunda contagem regressiva: faltam 14 dias para o resultado!

Agora uma dúvida para as gravidas ou mamães de plantão. A cah sentiu uma ardência ao urinar e suspeitamos que esteja com infecção urinária (é algo que ela tem com certa frequência). Será que é um mau sinal? Será que ela pode tratar ou o medicamento pode atrapalhar em alguma coisa?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dois anos em poesia

Um registro para 30 de maio de 2011
sobre 30 de maio de 2009.

Se a gente resolver levar a cabo tudo o que vivemos em tempo real e costumeiro, meu amor, nossa vida em dois anos de casamento pode se transformar em dez.

Se eu pudesse mudar a vida de alguém para melhor a cada troca de olhar que tivemos, as mazelas do mundo já teriam desaparecido.

Se eu ganhasse um doce a cada gesto de amor que recebi nesses dois anos, já pesaria uns 200 Kg. Se o sentimento que tenho por você fosse concreto como uma pedra, já teríamos construído uma réplica em tamanho real das pirâmides do Egito.

Se precisasse guardar tudo o que aprendi com você em uma caixa, nesta caberia o Planeta Terra. Se eu tivesse ganho uma moeda a cada sorriso seu, Bill Gates me pediria emprestado.

Se o meu coração inflasse toda vez que escuto sua voz doce dizendo "eu te amo", já teria explodido há muito. Mas se o gelo derretesse diante do seu calor, viveríamos o fim do mundo agora.

Se a minha admiração por você fosse uma música, esta poderia ser uma orquestra inteira. Se o meu orgulho em andar ao seu lado tivesse nome, seria preciso criar uma nova terminologia.

Isso porque viver com você é sempre imenso, intenso, beirando o impossível, o inacreditável. Se tivesse que dizer "obrigada" simplesmente por ter me escolhido sua esposa, então teria que ter nascido falando...e nem mesmo se eu vivesse até os 100 anos teria tempo suficiente.

Explicar você é como justificar a mim mesma, então desisto e corto os versos ao meio por medo de estragar dando uma razão ao intangível: eu e você.

Meu amor, em dois anos de casamento já sei que o que temos não é uma relação e sim um encontro se renovando dia após dia. Obrigada por ter acreditado no destino.



P.S. Mas se me largar já sabe...vai sem as pernas rsss

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A pipoca que nunca ficava boa

Quando eu era criança, logo cedo descobri que tinha boa mão para as panelas. Não que fizesse comidas excepcionalmente maravilhosas, mas antes dos 10 anos já mandava bem nas macarronadas, bolos e diversos outros pratos. O meu problema mesmo era com a pipoca.
Sim. Por mais que todos dissessem o quanto era simples fazer pipoca, a coisa não dava certo nunca. Minha mãe não tinha micro-ondas, então a briga era no fogão: às vezes não estourava nada, às vezes queimava tudo e, quando não era uma coisa nem outra, certamente passava da conta no sal e ninguém conseguia comer.

Como eu podia ser tão boa com coisas difíceis de fazer, quando não era capaz de fazer uma porção de pipocas? "Tem coisa na vida que precisa de muita paciência, filha", era minha mãe tentando me consolar e, de quebra, passar aquela liçãozinha básica.

Bem, hoje foi um dia de pipocas queimadas. Fomos fazer o terceiro controle da ovulação, o óvulo já estava com quase 20mm, então era certo que de hoje não passava. Mas.... passou. E passou longe.

Ao fazer o exame simplesmente descobrimos que o folículo havia se rompido, provavelmente ontem. Corri para o médico com os exames. Segundo ele, até daria para fazer a inseminação, mas teria que ser hoje e mesmo assim, com chances bem reduzidas de sucesso.

Sem palavras para descrever a montanha russa que encaramos aqui. Um dia de pura ansiedade e animação, outro de desilusão...e aquele gostinho amargo por ter que ser adulta e não poder bater o pé birrenta por não conseguir o que mais queria.

A inseminação terá que ficar para o mês que vem, mais uma vez.


Bem, em pouco tempo eu aprendi a fazer pipocas e até hoje elas ficam perfeitinhas. Quem sabe tudo o que eu preciso seja apenas um pouco mais de paciência?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Na reta final

Hoje fizemos a segunda eco de controle de ovulação. Estamos a poucos dias do GRANDE DIA e nem sei dizer o que sentimos. Ao mesmo tempo em que curtimos cada segundo, parece que tudo fica meio no ar enquanto as novidades não chegam.

A nossa vida de casal sempre foi assim, de acontecimento em acontecimento. Passamos daquela ansiedade de início de namoro para uma expectativa do que viria depois. Logo fomos morar juntas e a animação era pelos planos do casamento. Não sossegamos enquanto não nos vimos vestidas de noivas trocando alianças. Aí o tempo ganhou nova contagem... era a sensação de calmaria batizada pela certeza de que iniciávamos uma vida totalmente nova. Então cada descoberta era uma felicidade só, quando decidimos nos mudar para Curitiba, a ideia do filho ainda não era tão próxima, mas já bastante presente nos nossos corações.
Desde então, não sei mais o que é passar um dia sem imaginar como será essa criaturinha que vai promover aquele estado de constante renovação da vida.

Passamos pela fase inicial, escolhemos o doador, nos engalfinhamos com as contas bancárias, tivemos que desistir em cima na hora - mais uma prova do tempo mostrando quem é que manda aqui - e agora nos encontramos em uma nova etapa: falta pouco, muito pouco mesmo.

A I.A. não passa dessa semana, amanhã vou acertar os detalhes com o banco de esperma e com o médico. Quarta-feira tem mais uma ecografia, quando o óvulo deverá estar a ponto de bala. Eu sei que muito em breve terei notícias boas para compartilhar, então bora lá corrente de energia positiva!!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nosso maio

Há dois anos escolhemos o mês de maio para celebrar nosso casamento do jeitinho que sonhamos desde que enfiamos os olhos uma na outra. Agora, por acidente, nosso filho que seria feito em abril vai chegar alguns dias antes do nosso aniversário de casamento.
E para melhorar a história, a lei nos fez o favor de legalizar a união estável homossexual quando? Maio.

Pois bem, decidimos que a efetivação do nosso contrato de casamento será feito nos embalos do nosso querido e sortudo mês. Ligamos para um cartório, o custo para o registro da documentação é R$ 89. Basta comparecer ao local com CPF e RG, duas testemunhas e pronto.


Só um porém, o dia 30 cairá justamente numa segunda-feira. Faz sentido casar numa segunda? É chique? rss Estamos aqui decidindo como será feito isso, mas dessa vez não terá festa, só um almoço básico para os amigos mais chegados. Aguardem novidades sobre o segundo casamento da família Ribeiro de Souza Fiorio.

A contagem começa outra vez

Eu continuo com essa alergia misteriosa, mas a Camila, como boa futura mamãe que é, já tratou de ficar boa rapidinho para podermos fazer a IA nesse mês. Agora começamos a contagem de novo, dessa vez com animação redobrada!

Hoje fomos tratar de negócios barrigais. O médico que faria o acompanhamento da nossa gravidez parou de atender convênios e, confesso, bateu um leve desespero  na hora. Mas já conhecemos a esposa dele (que tb é GO e está trabalhando com ele atendendo apenas convênios) e creio que continuaremos com um bom acompanhamento. No dia 21 a Cah vai começar a fazer novamente o controle da ovulação e, segundo o Dr. Rodrigo, provavelmente a inseminação acontecerá no dia 25. Será? Será?? Ui que nervosoooo rs

Nós optamos por fazer com ele no consultório. Na clínica cobraram o dobro do valor combinado com ele, então como a situação $$ não anda lá essas coisas, não vamos gastar além da conta. Semana que vem vou acertar com a clínica sobre como será feito o transporte do esperma, ainda bem que o trajeto é curto. Tirando isso, agora é só esperar mesmo.

Novamente, não queremos saber de possibilidades negativas, estamos confiantes e vai dar certo!






- Filho, aguenta mais um pouco aí no congelador que já já vc estará em um lugar MUITO melhor.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Empipocadas...

Coisa mais azarenta ou culpa do sabão em pó mesmo?? Tudo bem que não ganhamos na mega sena, mas uma alergia ferrenha em plena véspera da I.A. não era algo com a qual a gente contava definitivamente. As mamães aqui adquiriram uma bela alergia nos últimos dias. Resultado: eu me coçando inteira, a Camila cheia de bolinhas na pele e o Enzo adiado por um mês.

Bem, com essa alergia surpresa, a médica julgou que seria mais seguro esperar o tratamento para então fazer a inseminação no próximo ciclo. Não é nada grave, mas o uso de corticóides pode trazer alguns pequenos probleminhas na formação do feto.

Não tem problema não filho, uns dias a mais não nos farão te querer menos. Continuaremos contando os minutos!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O ponto 36

Como é comum entre as futuras mamães lésbicas, eu e a Cah sempre conversamos muito sobre o futuro. Não só sobre o nosso futuro, mas também sobre o futuro do bebê, do planeta, da vida humana, da ciência, do horóscopo, da novela... Qualquer amanhã nos diverte, mas também nos preocupa.

Já entramos em pé de guerra ao pensar na educação do nosso pimpolho. Mas tanta diferença assim seria mesmo real? Afinal de contas, quando qualquer coisa nos afeta, viramos duas onças bravas tentando defender essa relação que, de tão contraditória, chega a ser a coisa mais verdadeira e pura que já tivemos em nossas vidas. Creio que estamos num estágio que posso chamar de ponto 36 - nem 8, nem 80. E olha o resultado dessa constatação:

Sabemos que ela é quem vai cuidar dos machucados físicos enquanto eu cuido dos emocionais. Porque ela é do tipo de mãe que o beijo cura e aconchega. Eu sou mais da linha que o beijo distrai e diverte. Também tentamos adivinhar o futuro dele. A Cah é da linha emprego e segurança, eu sou do risco e estímulo de potenciais. E nós duas somos da ideia de que com tudo se aprende.
Concluímos, por fim, que respeito à vida, ao próprio corpo e à natureza não são religiões, apenas uma forma completa de simplesmente ser humano. E estará tudo sempre bem sobre esses três pilares.
Foram tantas coisas em comum que lembramos só no final que a gente não sabe de nada, que tudo será diferente como tudo sempre é diferente do que planejamos.

Mas não dá pra negar que é gostoso pensar no futuro, ainda mais quando ele nos sacode de volta para o presente: faltam menos de 20 dias :)

Das coisas que mais gostamos

Adorei os selos que recebemos, já estão devidamente inseridos no blog! Esse novo a gente ganhou do blog MãesLes. Obrigada meninas!!!



Agora, como TODOS OS BLOGS DO PLANETA já receberam esse selo, vou apenas me prestar a postar as 5 coisas que a gente gosta de fazer. Como eu e a Camila somos absolutamente o oposto uma da outra, aqui vai um Top five duplo... ou melhor, triplo, porque afinal de contas tem muita coisa que adoramos fazer juntas hehe

1
Eu: Criar e escrever histórias de todo o tipo
Ela: Ler histórias de ficção
Nós: Ler em voz alta uma para a outra TUDO o que encontramos de divertido na internet

2
Eu: Assistir filmes super cabeça na sexta, super dramáticos no sábado e super idiotas no domingo
Ela: Assistir seriados policiais durante a semana e filmes românticos em qualquer momento da vida
Nós: Baixar 234349654 filmes e ver um atrás do outro terminando sempre com uma animação

3
Eu: Cozinhar todo o tipo de massas com molhos engordativos
Ela: Fazer mil doces geralmente de chocolate com chocolate
Nós: Comer brigadeiro no domingo para acompanhar as sessões de filmes

4
Eu: Agarrar meus gatos gordos e coçar as respectivas barrigas até cansar
Ela: Pegar todos os cães no colo um por um para que ninguém fique com ciúmes
Nós: Bater papo diariamente com toda a bicharada, inclusive com o peixe

5
Eu: Fazer cafuné por horas na Cah enquanto ela dorme
Ela: Me acordar com uma deliciosa massagem nos pés
Nós: Acordar várias vezes no sábado e ficar agarradinhas até ter coragem de levantar

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mãe de estadista é o que?

Tive um sonho tão sem pé nem cabeça que tive que vir aqui relatar a vocês, minhas queridas cúmplices do transtorno pré-maternal.

A nossa casa estava cheia, como ficam aquelas casas de praia no fim do ano, família minha e da Cah às pencas pra lá e pra cá. Nós tinhamos tido nosso bebê, mas eu teimava em esquecer disso o tempo inteiro. Era mais ou menos assim, estava eu na sala papeando com a família na maior descontração, quando de repente lembrava "ahh! peraí que eu tenho um filho, vou lá ver como ele está", isso como se tivessem passado vários dias sem que eu me desse conta da existência do rebento.
Ele tinha carinha de joelho, mas por vezes mudava um pouco e assumia alguma semelhança com o Sylverster Stallone. Uma sobrancelha bem igual, eu entrava em pânico e mostrava para a minha mãe:
- Poxa mãe tá vendo isso aqui (apontando para a sobrancelha dele)?? Ele vai ser feio (dizia isso como quem diz: os alienígenas invadiram a cidade).

E minha mãe:
- Calma filha, ele vai crescer, vai mudar muito ainda.
Mas eu inconformada:
- Mudar como? Com essa sobrancelha aqui não tem jeito de ele ser bonito nunca! E saía indignadíssima "com tanto doador eu fui escolher justamente o mais feio?"

Mas vocês devem estar pensando que diabos o título tem a ver com o sonho. A questão é que, não bastasse essa mania de esquecer que tinha um filho a todo instante, eu também esquecia o nome dele. E quando tentava chamá-lo, o nome que me saía da boca era JOSÉ ALENCAR.


Sim. Devo ter dormido vendo TV de novo. Alguém me explica isso?

terça-feira, 29 de março de 2011

Nas nuvens...

Andamos nas nuvens por esses dias... Já avistamos o arco-íris, já sabemos para que lado ele vai, agora a ansiedade de chegar logo na ponta e encontrar nosso pote de ouro é gigantesca.
Na verdade temos passado os dias fingindo que nada vai acontecer, só pra ver se a paciência aparece de algum lugar para nos salvar.



Mas ontem, ao descobrir que estamos há poucas semanas de realizar nosso sonho, tudo ficou bem escancarado. Se antes os planos a longo prazo incluiam nosso pequeno tesouro, agora os planos a curto prazo também. E em breve o presente será dominado por ele e não vemos a hora de poder contar 3 cabeças no porta-retrato.

Temos uma prévia da data: vai acontecer entre 23 e 28 de abril. Por mais que as pessoas tentem avisar que não é garantido blablabla, devo deixar claro que nós não somos ingênuas. Sabemos que estamos correndo o risco de não conseguir, mas também sabemos que tudo o que conquistamos até hoje foi por conta dessa nossa incrível capacidade de somar energias boas.

Bem meninas, estamos aceitando boas vibrações, mandem quantas quiserem por email, correio ou telepatia. Só não mandem "e se..." ou "não é certo...." ou "talvez..."... essas palavrinhas não fazem parte do nosso esquema tático pró-mães! rsss

sexta-feira, 25 de março de 2011

Selinhos!

Meninas, desculpem a demora. As futuras mamães aqui agradecem os selinhos recebidos, são suuuuuper fofos!!!


Não é demais isso?? Muito obrigada mamães blogueiras!!

Aproveitando, engraçado como tudo hoje em dia gira em torno do bebê nas nossas vidas. Ontem fomos visitar uma casa que está a venda. Moramos de aluguel e, como qualquer família em andamento da classe média desse nosso brasilzão, temos o sonho da casa própria latente correndo em nossas veias.
O fato é que tudo o que encontramos que nos agrada ou está muito além das nossas possibilidades, ou muito além da civilização.
Assim, a casa que nosso corretor encontrou parecia atender os quesitos básicos de localização e custo, lá fomos nós. Uma casinha simpática, terreno com bom espaço para os dogs correrem como se não houvesse amanhã... Mas só tinha 2 quartos.
Como devo ter comentado, eu trabalho em casa, tenho um escritório aqui instaladinho em um dos quartos da casa, o outro está reservado para o baby e o outro é nosso né?

Voltamos para casa desanimadas com isso, mas tomamos a ponderada decisão de aguardar o bebê nascer, aguardar os negócios melhorarem, e também aguardar o mercado imobiliário falir rs

E pensando bem, essa casa aqui é porreta, imagino nosso bebê correndo pela sala e sei que ele pode ter um início de vida excelente nessa região. Então o que não tem remédio....vcs já sabem.

terça-feira, 22 de março de 2011

Todo mundo precisa de...... NOÇÃO!

Gente estou super blogueira hoje hein? Não que eu tenha levado sermão da esposa pela ausência online, mas hoje os assuntos estão brotando assim, como aquela aguinha da fonte que nunca seca! rs

Tanto que estava trabalhando concentradíssima e, fazendo uma pesquisa no site da revista Pais e Filhos, me deparei com uma pérola macho-man. Adoraria que tivessem paciência de ler até o final e, se a mão coçar de vontade de comentar, sugiro que acessem o link direto aqui e vejam também os comentários dos leitores que, por sinal, dão um SHOW no colunista. Fiquei até feliz pq a maioria dos comentários foi feito por homens e/ou heteros.

Coluna Pingos nos is, de André Mantovani

Todo mundo precisa de pai

Não gosto quando dizem que crianças não precisam de pais homens, gosto menos ainda quando dizem que sem pais homens as crianças ficam melhores ainda. A principal matéria deste mês trata desse assunto, e a primeira vez que ouvi que “filhos de casais de lésbicas se tornam adolescentes mais bem estruturados psicologicamente” pensei: tá bom, devem ser super bem estruturados esses adolescentes, só que só vão sair da casa da mamãe aos 55 anos de idade! Não é?

Não gosto de mães tipo Xuxa que criam filhos dizendo não precisar de pai. Não gosto que nos tratem como machos reprodutores. Mulher que faz isso é porque não consegue se relacionar bem com homem. Criança, adolescente e até adulto precisa de pai. Eu preciso de pai, da sua figura, daquilo que ele representa.

Sem pai quem é que vai comprar a bicicleta? O videogame? Quem vai jogar na piscina e quem vai arrancar o dente de leite? Quem vai dizer "chega de conversa", "vai pro seu quarto"? Quem vai ensinar a dirigir e a arrotar? Quem vai espantar o bicho-papão, ensinar o que realmente é um carro, o Batman, o Botafogo de Ribeirão Preto e a lei do impedimento?

E CÁ ENTRE NÓS, QUEM QUER FILHOS EQUILIBRADOS? TEM QUEM QUEIRA, EU PREFIRO OS MEUS UM POUCO FORA DE PRUMO, FICAM MAIS CRIATIVOS. CLARO, EU SEI, NÃO VAMOS CRIAR DELINQUENTES, POR ÓBVIO. MAS ESSA COISA EQUILIBRADINHA QUE DORME DE PIJAMA COM CAMISA DE BOTÃO... NÃO QUERO, NÃO. EUROPEUS E ESTADUNIDENSES, QUE É DE ONDE VEIO ESSA PESQUISA, ADORAM GENTE EQUILIBRADA, DÁ MENOS TRABALHO, OBEDECE MAIS FACILMENTE, TRABALHA MELHOR E NÃO PEDE AUMENTO DE SALÁRIO.

Sempre que ouço coisas do tipo dessa pesquisa, fico pensando como seria o mundo se todos vivessem assim, sociedades de mães, bancos de esperma e adolescentes equilibrados. Eu sei, eu sei, é só uma pesquisa, foi só um estudo, mas que manda uma mensagem muito perigosa. Não tenho nada contra lésbicas criarem filhos, nada mesmo. Tenho contra dizerem que sem a gente, nós, pais, é melhor. Espera só um pouco, pai é bom e eu gosto. Viver sem pai é ruim.

Sabe o que é sentir falta do mar sem nunca ter pisado na areia da praia? Viver sem pai dá isso, fica um vazio, maior que o vazio normal que já vem conosco de fábrica.

Uma ressalva, pai bom é aquele que está perto. Que está presente na vida da criança. Se for pai ausente, talvez seja melhor duas mães mesmo. O difícil vai ser chegar a hora de parar de discutir a relação pra todos poderem ir dormir. Sorria!

1....2...3......10!

Hoje pela manhã fomos fazer a eco para acompanhar a ovulação e parece que o corpo inteiro da Cah está no clima maternal. Ela está ovulando bastante, o mioma do útero está fora da área que poderia apresentar risco e é bem pequenininho, então nem precisamos nos preocupar. As trompas devidamente desentupidas rs Enfim, fiquei lá observando o interior da minha esposa na TV e achei o máximo, ela cuidou direitinho da casa do baby pra gente.

Próximo passo: segunda-feira vamos seguir fazendo o acompanhamento e ver como a coisa toda se comporta lá dentro. Os médicos disseram que dependendo dos exames já poderiamos tentar a IA nesse ciclo, mas preferimos manter o planejado que deverá acontecer no final de ABRIL.

Gente... abril é praticamente amanhã!!! Comecei a ter uns 15 tipos de medo...e se ele não me amar como mãe, e se eu não o amar como filho, e se eu me irritar pq ele chora, e se meus pais não o reconhecerem como neto, e se eu não conseguir ensinar ele a se tornar um ser humano que preste, e se ele ficar confuso com a nossa educação, e se a gente mimar ele demais, e se eu não encontrar jiló com mousse de chocolate de madrugada...? UFA.

Mas sei que tudo isso vai passar depois que a dor de barriga também passar.

segunda-feira, 21 de março de 2011

É dada a largada

Pessoal estou na corrida, mas tive que vir aqui contar: amanhã cedo faremos o primeiro exame para controlar a ovulação!! A Cah menstruou sexta-feira e não conseguimos marcar no dia, então estávamos com medo de perder o prazo... mas por sorte ainda dá tempo rs

Está chegando suuuuuuper perto e a ansiedade começa a tomar conta... puf puf.. (só de escrever aqui já fico com um nó no estômago rs)

Bem.. aguardem novidades =)

Beijos!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dívida nossa de cada dia

Não tem nada mais corriqueiro na minha vida do que as dívidas. Fico em dívida com o sono todas as noites e nem dá tempo de terminar o dia seguinte, lá estou eu acumulando dívidas com os clientes, com o estômago, com o pulmão...

Minha esposa diz volta e meia que estou em dívida com ela, e é em dívida com o lazer que tento diminuir essa distância lá no finzinho dos finais de semana. Fico em dívida com meus livros, com a faxina da casa, com meus cães que passam dias com poucos afagos. Isso sem falar nos amigos! Esses daqui a pouco mandarão fatura de cobrança tamanha a dívida que fiz com cada um.

Agora meu filho está perto, estou em dívida com o relógio. Ele me diz que falta um mês apenas para nossas vidas mudarem completamente, e eu fico em dívida comigo mesma por esquecer disso às vezes e pensar que a vida é só uma louca correria.

Sexta-feira passada fomos a uma das últimas consultas antes da I.A. O médico está lerdo tranquilo como sempre e confirmou o que os exames diziam: nossa barriga está prontinha para receber o bebê. Quanto aos procedimentos, aos quais dificilmente me atenho, estamos negociando a parte chata, dinheirística, tentando barganhar umas condições de pagamento, um desconto. Parece até errado falar de dinheiro qdo a questão é nosso filho, mas vai... importante né gentem??

Acontece que há duas formas de fazer: ou realizamos a inseminação no consultório do Dr. Berger, e aí temos que pagar transporte do semen e o médico; ou realizamos na clínica Androlab, onde contratamos o girino, sem ter que tirar o esperma daqui e levar lá, mas com um custo mais alto.

Portanto, única coisa que falta agora é saber se eles parcelam essa dívida.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pesadelos

Desde que começamos a corrida em busca do pote de ouro, esta que vos fala, cuja imaginação é tão fértil que poderia engravidar cérebros por aí, vem tendo pesadelos das mais diversas representações: desde os tipos mais dramáticos e sofridos até flashs de bizarrices que nem sequer consigo relatar.
O mais recente aconteceu essa noite e por causa dele passei boa parte do dia olhando torto para a minha excelentíssima, a vilã do meu sonho conturbado.

No sonho, acordei com ela animada dizendo "a bolsa estourou!". Eu corri para o hospital e enquanto brigava para ser atendida de forma decente diante da negligência das atendentes, minha querida deu a luz a um bebê que bem poderia já ter uns 3 meses de vida. Era uma menina loirinha de olhos verdes, igualzinha à Cah quando bebê.

Eu passeei com ela e exibi para todo mundo, apresentei aos meus pais e tios e estava toda saltitante quando, de repente, a ficha caiu: "Ei, mas não fizemos a inseminação ainda" - essa foi a minha constatação corna do momento.
Resultado: a Cah havia se empolgado em uma festinha com colegas e um deles se ofereceu para inseminá-la (jeito meigo de falar). Eu fiz um escândalo, lembro de olhar para a menina e falar: agora ela tem um pai, e aí como ficamos?? (leia-se: sua fdp vc me enfiou tantos galhos na cabeça que não passo mais pela porta de casa). Eu queria  me separar e ficar com a menina, nessa confusão e tormento familiar eu acordei. Fervendo de ódio é claro.

Depois, com a Dona Racionalidade da Silva de volta, pensei muito sobre isso. Lembrei do diálogo do badalado casal de Desejo Proibido, como um desabafo que deve ser o de todas nós que não seremos as mães biológicas da história: "minha maior frustração é não poder engravidar você".


Ahhh se eu pudesse ser um homem por um diazinho sequer, escolheria o dia fértil da minha amada.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Atualizações nem tão atuais assim

Aqui em Curitiba foi realizada uma feirinha para gestantes e mamães. Faz bastante tempo que os outdoors nos avisaram sobre isso, e quando pensei que o dia não chegaria mais, eis que a Camila vem para mim toda animada dizendo ser neste final de semana.

Eram vários stands, muita lojinha de roupa sem graça, muito serviço como books, festinhas, etc, mas também tinha coisa boa: lojas de móveis para o quartinho do bebê, muita lojinha de decoração e de roupas de cama e banho - todas de extremo bom gosto!
Nos impressionamos com os preços, estavam pra lá de salgados, mas vibramos com a companhia de uma grande amiga nossa, a Angelita, que além de ser super querida e estar na maior expectativa com a chegada do baby, também é artesã. Resultado: saímos pedindo o que ela sabia fazer e acho que o quartinho do neném mais mimado desse brasil varonil vai ser todo by Angelita.

Enfim, a vontade que dá é de montar tudo agora e ficar sentada esperando o bebê "aparecer". Depois de reservar o esperma do doador-rei, tivemos que marcar uma nova consulta com o obstetra para decidir enfim como faremos o processo. Como gostamos muito dele e também do dr. da clínica de fertilização, vamos optar pelo que nos oferecer mais facilidades (e isso inclui o pagamento também).


A consulta vai ser agora no início de março, vamos analisar com calma e optar pelo melhor, estamos super confiantes!! Agora ainda mais, pq ficamos imaginando a carinha do nosso baby e cada dia ganha um peso de 50 horas, o tempo não passa! rs

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E o vencedor é...

Pessoal, eu estive super ausente, eu sei. Não só pela falta de tempo e cabeça dominada pelas preocupações cotidianas, mas a verdade é que queria ter algo mais consistente para contar rs

Bom, no dia 10 tivemos a primeira consulta na clínica de IA - Androlab. Tivemos ótima impressão do lugar e do médico, um senhorzinho pra lá de simpático que além de nos tratar com todo o respeito do mundo, foi logo esclarecendo várias dúvidas. Bem...pelo menos as dúvidas que lembramos de comentar, porque nosso deslumbramento e nervosismo era tanto que deixamos algumas coisas pra trás.

Enfim, teremos que retornar lá para fazer o acompanhamento do ciclo na próxima menstruação da Cah. Assim, preparamos tudo para fazer o processo em abril. Pela lógica agora bem que daria para inseminar em março, mas acho que não teremos o dinheiro então melhor manter abril nas paradas de sucesso.

Hoje a Cah ligou lá para tirar umas dúvidas sobre esse acompanhamento do período fértil e finalmente tivemos acesso à lista de doadores! Uma micro-lista, é bem verdade. Mas segundo o médico, seus critérios são bem rigorosos, por isso em geral a lista é composta por estudantes de medicina, militares, etc. Estou com a lista aqui lendo a todo instante tentando dar uma carinha para o nosso bebê rss Selecionei dois preferidos e passei a bola pra Cah, que é quem vai dizer A ou B.

Pra quem não conhece, a lista contém as características físicas dos doadores anônimos: peso, altura, cor da pele, cabelos, olhos e tipo sanguíneo. Bem simples, igual escolher manteiga no supermercado.
....................

Tão fácil que enquanto escrevia esse post a Cah me avisou que escolheu o doador... nem sei explicar o que se sente nessa hora...

mas com certeza é bem mais emocionante do que escolher manteiga :) #sonhandoacordada

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Enquanto o mundo gira...

Depois de passar pelo doloroso exame provocativo-gramatical, minha querida esposa se fortaleceu. Eu, positiva como nunca, lasquei "calma xuxu, agora a dor do parto vai superar todas essas", e ela se conformou. Entendo, é realmente difícil imaginar que enfiam coisas gigantes em vc e retorcem seus órgãos sem nem pedir licença e mesmo assim você tem que sorrir e dizer "obrigada senhor por mais este exame feliz!" rss
Tenho que buscar o resultado amanhã e já estou curiosa, não sei que tipo de resultado sai dessa tortura, mas sei que é algo bom. Hoje liguei para o Banco de Semen do Paraná, fui atendida por uma mulher tão doce que parecia exatamente com o que esperamos do humor de quem trabalha ajudando bebês virem ao mundo. Marquei uma consulta para o dia 10, data em que levaremos a carta de recomendação do médico e descobriremos o que mais está por vir até que the best sperm seja acomodado na barriga da Cah.

Pretendemos aproveitar a ocasião para descobrir se é possível fazer uma doação compartilhada. Não apenas pela redução dos custos, mas porque acreditamos que cada ajuda que recebemos, uma ajuda temos que oferecer. De que adianta lutarmos tanto para ter nosso bebê se não pudermos amolecer nosso coração e ajudar mulheres que precisam de algo ainda mais difícil - o óvulo?

Da minha parte estou ansiosa. E eufórica. Por horas essa mistura se transforma em impaciência e irritação. A tentativa de fazer o mundo girar mais rápido não está funcionando, então estou precisando lidar com esse ritmo lerdinho mesmo rs. E enquanto tento day by day colocar nossos negócios em dia, equilibrar as dívidas e tentar não fazer outras, mentalizo todas as noites o quão privilegiadas nós somos, simplesmente porque podemos sonhar e realizar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A prova real

Bem, dada a imensa popularidade que a infelicidade alheia consegue gerar, resolvi embarcar na história e buscar provas para embasar os argumentos proferidos no blog das nossas queridas Aggy e Bel. Vamos aos fatos: por diversas vezes vimos nossa querida Mariah ser considerada nariguda e orelhuda...tanto que encasquetei. Será mesmo??? De alma investigativa que sou, saí em busca de referências.

Mariah seria assim?


Ou assim talvez?
Ou quem sabe ainda...


Estranho.... em nada tudo isso soa como:


Aff... Quer saber??

rsss

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Trava língua

Esperando notícias e imaginando como devem ser ao vivo as bochechas da Mariah, não há como não nos remetermos ao futuro um pouquinho. Afinal, há poucos meses as mamães mineiras estavam iniciando todo o processo de gravidez e agora lá está a garotinha pulando barriga afora para o colo das duas. Doce final, emocionante início!

Assim, nossas atenções são desviadas para um escândalo gramatical: a Camila terá que fazer uma Histerossalpingografia, um nome que é uma afronta de um exame que dizem ser igualmente difícil de engolir. A ideia genial foi do obstetra, que decidiu tirar a prova da capacidade ovulacional da minha excelentíssima a fins de garantir uma gravidez retumbante. Trata-se de uma espécie de desentupidora de trompas. Admirável medicina ¬.¬


Bem, decidimos fazer o exame antes de contratar o espermatozóide campeão, só para sentir bem o gostinho de cada etapa.

Enquanto isso não acontece, seguimos em uma miserável tentativa de findar o mês percebendo que tudo o que queremos na vida é que o tão esperado abril chegue trazendo consigo uma barriguinha saliente. Eu nem ligo em acelerar o mês do meu aniversário (que se aproxima assustadoramente) só para matar de vez essa ansiedade louca que nos devora.

Beijos a todas e três pulinhos de "Viva!" para a Mariah =]

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

E quando ele chegar?

Uma pequena divergência aqui, outra discussão ali, uma briga feia por mês e lá estamos nós em clima de tensão mais uma vez. Início de ano, gastos excessivos de dezembro, impostos fresquinhos, clientes em férias... tudo isso em uma casa onde reinam duas TPM's por ciclo não há o que duvidar: o estresse domina as paredes do recinto.

Mas quem tem dinheiro hoje em dia? Quem tem a vida ganha no início do ano? Quem tem tudo sempre em ordem, quem está com as unhas feitas todos os dias? E a pergunta que não quer calar: quem está preparada para as crises - sejam elas emocionais, materiais, financeiras ou psicológicas?

O fato é que só deixamos de ser filhas quando nos tornamos mães, como já dizia a Banda Ira. E até lá, agimos feito adolescentes, ora crianças birrentas, ora rebeldes, ora carentes... Tudo para expressar que não sabemos jamais como se lida com a vida. E qual o tamanho do medo que bate quando descobrimos que nossos pais também não sabiam e, no entanto, para nós eles eram como deuses da verdade.

Doce ilusão imaginar que com a chegada do filho não haverá mais problemas, nem crises financeiras, nem brigas de casal. A questão é que não existe nada mais repugnante na vida em família do que ver uma criança crescendo ao som e imagem constante das brigas dos pais. Então, a decisão é só nossa. Nós, mães, é que temos o previlégio de planejar um filho, nós é que temos o dom da maternidade correndo nas veias, nós é que amamos uma geladeira de esperma porque ela é um símbolo da nossa conquista.

Então nós, mães, é que encontraremos um novo jeito de ser para podermos ser uma família para você, meu bebê.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Procurando o girino ideal

Bem, é chegada a consulta de retorno dos exames com o médico da Cah. Eu estava curiosa para conhecê-lo, uma vez que minha excelentíssima havia se encantado com ele logo na primeira consulta. Na sala de espera aquele bando de barrigas proeminentes, só a gente lá dentro tinha cintura com menos de 100 cm. Mas com certeza o sorriso delas era maior - porque era duplo.

O médico é realmente muito legal, muito atencioso e muito tranquilo (leia-se: lento). Eu, ansiosa de nascença, já queria tirar os exames da mão dele (que eu já conhecia decor) e sair dizendo "ok ok ela não tem AIDS, nem Sifilis, nem Hipertireoidismo, nem X nem Y nem Z. Mas não. Esperei e esperei atéééé ele chegar no exame do útero, aquele antipático que apontou o mioma.

Para nossa felicidade, parece que vcs todas estavam certas: ele afirmou que o mioma é super pequeno e não irá interferir na gravidez de forma alguma. Os suspiros de alívio foram por motivos óbvios: a Cah suspirou por saber que seu maior sonho ainda poderia ser realizado; eu por saber que não teria que engravidar no lugar dela.

Enfim, vários UFA's depois, saímos de lá com uma carta de indicação para o banco de sêmen do Paraná. Agora é oficial: vamos escolher o doador! Acho que essa é a primeira diversão que teremos, deve ser muito interessante procurar o girininho ideal no meio de tantos. Nós combinamos que o doador teria as minhas características físicas (contra a minha vontade, é claro, pobrezinho do baby), mas tudo pode acontecer até lá. Ainda não sabemos bem como funciona, o médico explicou que faremos uma entrevista e depois teremos acesso a um login e senha (mudéééérnoo). Já estou eu imaginando praticamente um Facebook da procriação rss.

Aguardem novidades paternalísticas em breve.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Perguntar não ofende... mas INCOMODA

Foi divertido receber tanta visita e comemorar a virada do ano com o entusiasmo secreto dos nossos planos para 2011. Já festejamos a chegada do bebê com tanta certeza que precisamos tomar todo o cuidado do universo para não deixar escapar a novidade na frente dos parentes.

Todavia, recebemos um copinho de água fria na cabeça um pouco antes da virada: a Cah foi fazer a eco e descobriu um mioma no útero. Ainda não sabemos se é grande ou pequeno, se é problemático ou não. Dia 10 falaremos com o médico sobre isso. Por enquanto não quero me contaminar, então estou pensando positivo - não há de ser um problema. E NÃO PODE SER MESMO!! Visto que prometi pra Camila que teríamos esse bebê de qualquer jeito e a opção "eu-grávida" meio que me apavora rss

Não sei como é para vocês, mas parece que ao passarmos para essa etapa mais família, a pergunta clássica "quem come quem?" deu lugar à "como decidiram quem vai engravidar?". Será mesmo que o mundo lésbico é assim TÃO interessante e diferente aos olhos do mundo?? Da minha parte, acho meio cansativo depois da décima vez que acontece, mas fico pensando qual será a próxima pergunta padrão que teremos que responder pelo resto de nossas vidas.

Imagina se eu chego para um casal hetero e pergunto: "ei, vocês gostam da posição frango-assado?" ou então chego na minha gineco e: "o que fez você decidir passar a vida cutucando vaginas?". E se engana quem acha que a saída é dar uma de esperta e bolar AQUELA resposta inteligentóide - as pessoas só sossegam mesmo com a respostinha normal. Tanta gente falando que casamento é monótono, começo a pensar que monótona mesmo é a vida social.