terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A vida e a arte se imitam na maior cara de pau

Domingo de chuva, eu e a Cah resolvemos que era o momento de ver um filminho água com açúcar. A pedida do dia era: O Novo Mundo (ou Le Nouveau Monde), um romance que conta a história de duas mulheres que decidiram, como todas nós, que era o momento de aumentar a família.

Coinscidências mil por uma hora e meia de filme. Desde o desejo inicial de ter um doador conhecido até o nome do fofucho - Enzo - é o mesmo que escolhemos se for menino. Além de engraçadinha, boba e simples, a trama também levanta uma questão importante: ao optarem por um pai presente, a personagem Marion se sente deixada de lado, sem papel definido nessa relação. Afinal, ela vê seu filho com pai e mãe biológicos.... onde ela fica nessa história?

Vejam o trailer:



A solução do trio foi bem francesa, utópica. Por aqui a coisa não funcionaria tão bem, creio eu. De toda forma, é válido o questionamento da representação das mães e de todo esse contexto familiar que envolve a chegada de um bebê por vias lésbicas rs.

5 comentários:

  1. Nunca vi esse filme, vou puxar ele agora mesmo!

    Bom, eu e a esposa não queremos um doador conhecido por várias razões, mas essa é uma delas! Minha esposa diz que se sentiria de certa forma excluída, pois a criança teria pai e mãe biológicos. Ela diz que não saberia lidar com isso, com seu filho convivendo com um pai, que não teria nada a ver com a nossa família. Eu acho complicado isso também, respeito a opinião da minha esposa, já que eu que vou engravidar. Pense, um casal hetero onde o homem é estéril, não chamaria um amigo para ser o doador... sei lá, acho que tem pessoas que lidam bem com isso, mas não é nosso caso.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Já assisti esse filme. A mensagem importante que fica, no meu entendimento, é sobre o questionamento que todas devem se fazer ao tentar engravidar. Deseja-se a participação de um pai? No nosso caso não caberia na nossa vida a imagem de um pai, apenas de duas mães. bjim

    ResponderExcluir
  4. Nós assistimos ao filme e gostamos muito! Achamos que foi o melhor filme sobre a temática de um casal lésbico. Mostra a realidade que acontece não só com elas, mas com as suas amigas, um outro casal. Quando as amigas se separam, a mãe biológica decide ir embora e não deixar a outra fazer parte da vida das crianças. Bom, isso é uma realidade. Quando se separa, tudo pode acontecer. O filme não foca apenas na questão do pai ser conhecido ou não. Todas as questões são tratadas neste filme: aceitação familiar, decisão de se abrir no trabalho, ou não, etc, etc. Por isso gostamos muito.
    Tivemos várias amigas que casaram suuuuuuper apaixonadas, compraram imóveis juntas, trouxeram familiares para conhecer suas companheiras, enfim, tudo que se há numa relação hétero e homo. Mas quando MUITAS se separaram, foi uma tragédia digna de TPM ao cubo, um surto total: vingança, ódio, mágoas, e tantos outros problemas que rolam. A gente aqui, depois de tantos anos juntas, sempre aproveitamos e dialogamos sobre tais problemas. Claro que isso pode acontecer na nossa vida também...Não temos controle da cabeça e do coração de ninguém, uma de nós pode deixar de amar, de se apaixonar por outro ou outra, sei lá. Assim...Muitos blás, blás, blás...e cabeça com muita razão, porque emoção demais leva-nos a uma vida ingênua. Então, optamos sempre por esclarecer as coisas.
    Bom, passei por aqui para lhes dizer que privatizamos nosso blog por MEDO. Sim, a gente é um tanto neura com internet. Não desejamos nos expor muito. Sejam bem- vindas ao nosso blog, garotas!
    Beijos nossos!

    ResponderExcluir